9.1.11

Realidades Alternativas - Chrysler/Dodge


Como seriam os Dodges nacionais em uma realidade alternativa mais generosa?

Se a Chrysler tivesse se instalado no Brasil no final da década de 50 teria como primeiro modelo a picape D100, já que as concorrentes GM e Ford seguiram esse mesmo caminho, este seria o primeiro veículo Dodge nacional. 

O primeiro veículo de passeio seria um carro grande, o Dodge Coronet, que poderia ter  sido nacionalizado já em 1960.
 Como o Coronet era full-size e talvez um pouco exagerado para os padrões brasileiros a alternativa seria a Chrysler esperar um pouco e lançar o Dart lá por 1963/64, esse modelo tinha um desenho moderno mas pouco ortodoxo, que talvez não agradasse logo de início.

Em 1970, com a nova geração do Dart (o nosso conhecido Dart) substituindo o polêmico antecessor, o nosso Muscle poderia ter personalidade própria, já que nosso conhecido Charger era apenas um modelo com a mesma carroceria do Dart, o modelo seria o Charger americano geração 70 (foto do topo) ou o Challenger (foto acima)? Escolha difícil...




Uma alternativa compacta ao Hillman Avenger (conhecido aqui por Dodge 1800/Polara) seria uma tentativa de trazer os modelos da Mitsubishi que eram vendidos na américa e Austrália como o pequeno Dodge Colt, caso contrário poderiam optar pelo Simca 1100 da subsidiária francesa.  Para os carros maiores, três estariam no páreo, o inglês Chrysler 180, um pouco maior que o Avenger (Polara), o francês Simca 1307, do porte de um Passat, ou o americano Aspen, o substituto do Dart. Mas pela tendência da época, os modelos europeus seriam mais viáveis.

Alguns dos modelos Chrysler que quase foram produzidos aqui ou que seriam plausíveis, ou seja, um pouco mais perto de nossa realidade, por exemplo as peruas Dart e 1800/Polara que chegaram a ser cogitadas, mas os projetos não foram para frente.  Outro mostrado em postagens anteriores seria uma sobrevida do Esplanada, com uma cara de Dodge, mas acredito que não duraria muito, e por fim uma frente renovada ao Magnum, semelhante a do modelo americano 79.

Voltando a realidade alternativa, para a década de 80 a nova linha de utilitários, a Ram substituiria a D100 e teria espaço até para um furgão, o B300, ou Ram Van.


Claro que o Charger da década de 80 não tinha nada a ver com aquele belo muscle de anos atrás, mas seria uma ótima proposta de esportivo para esta década. O 600 seria um interessante sedan para o Brasil, considerado compacto nos Estados Unidos, aqui teria quase o tamanho de um Diplomata e aposentaria o Aspen ou Dart. Um pouco menor o Simca Solara também estaria no páreo.

Para meados dos anos 80, ou o frances Simca Horizon  ou o  Japones Colt.
 
 A Dakota já poderia ter vindo no início da década de 90 e a Ram ganharia nova geração em meados da década.

 Os compactos não seriam uma unanimidade entre os Dodges brasileiros, era a única opção pequena que a Chrysler tinha, e ele receberia atualização para os anos 90, no entanto,  a Simca havia sido vendida para o grupo PSA e como a parceria com  Mitsubishi estava no fim, o Colt nacional teria que seguir desatualizado durante toda a década,  o médio Neon concorreria com o Tempra da Fiat  e  os médios grandes o Stratus e sua versão coupé, o Avenger entraria no lugar do Charger.



O novo milênio para a Chrysler teria as novas gerações de Neon e Stratus, o Neon ganharia uma versão hatch já que o PT Cruiser era um carro de nicho, isto é, muito arriscado de se produzir fora da américa do norte.

Seria crítico para os compactos, sem muitas opções a Chrysler ou teria que fazer um projeto nacional para uma atualização do Colt ou através da parceria com a Daimler, lançar um clone do Classe A menos  requintado que o seu primo rico, o Dodge A?


O Furgão se renovaria e com a entrada da nova geração da Dakota (já conhecida por aqui) ficaria mais fácil introduzir o Durango do que os veículos da linha Jeep, no entanto, o Liberty por ser mais compacto poderia também ser cogitado,  a minivan Caravan seria uma excelente opção para o novo milênio.



Para a década de 10, novos utilitários como a Dakota e/ou a Ram, o Avenger seria o novo sedan de luxo.



Mas a deficiência da Chrysler em carros compactos era notória, com o término da união com a Daimler e agora nas mãos da Fiat, os compactos Dodge viriam da marca italiana, como por exemplo, o Dodge One.


Entre as décadas de 60/70 seria até aceitável os full-size da Dodge (acima do Dart/Aspen), como por exemplo  o Coronet, porém as décadas seguintes seriam uma incógnita para esse segmento em território brasileiro, mas em todo caso, se o público fosse receptivo a esse tipo de carro, a linha do tempo para cada década seria assim: Novo Coronet (anos 70), Diplomat (anos 80), Intrépid (anos 90), Charger (anos 00).

A matéria realidades alternativas baseia-se em uma realidade brasileira mais favorável  economicamente e consequentemente um público mais exigente.


11 comments:

  1. muito bom du mas mesmo assim acho que a dodge iria ficar defasada nas decada de 80 e agora quem sabe com esse one muito loco
    abs
    para a proxima marca vc pode fazer a gurgel !?

    ReplyDelete
  2. Du, muito legal, como sempre!
    Duas "realidades alternativas" que eu acho que seria muito interessante é a Dart Wagon 1971 (chegou-se a fazer um protótipo na época, azul como a sua!) e também uma picape do Charger R/T 1971. Seria uma bela dupla. Fica a sugestão para fazê-los virtualmente... ou de verdade, quem sabe?!

    Grande abraço,
    meus parabéns.
    Guilherme.

    ReplyDelete
  3. Olá Du...
    meus parabéns pelo seu trabalho.
    sou apaixonado por OPALAS e comecei a conferir seu blog desde que fez a releitura do opala sss...
    por acaso vc venderia(ou me passaria por email rsrs) o desenho ou arquivo do opala amarelo pq eu sei que um trabalho bem feito deve valer.
    Meu e-mail para contato
    bruuno.pacheco@gmail.com
    Obrigado e Um abraço.!

    ReplyDelete
  4. A picape faria a fama de robustez, abrindo caminho para os sedãs. Se um dos dois apresentados viesse, certamente seria o Dart e com certeza perderia um par de faróis, para ficar menos exótico e cortar custos.

    Eu acredito na opção pelo Avenger, que viria uns anos antes e teria a opção (que a Chrysler aventara) do motor seis em linha. Os Dodges grandes sovreviveriam com um seis em linha maior (uns 35%, talvez) e câmbio de cinco marchas, os V8 seriam opcionais. As peruas garantiriam a sobrevivência com a concorrência da novata linha Fiat, ficariam por anos como únicas concorrentes reais da Belina e da Caravan.

    Em questão de compacto, o Colt seria uma aposta mais acertada, por ser mais confiável e já comprovado nos estados Unidos, certamente seria o carro de entrada, um Hatch do PolaraII.

    Nenhum americano dos anos oitenta tinha metade do charme original, eles tinham (ainda têm) problemas em começar depois e terminar antes o desenho dos carros; da mesma forma como a Fiat tem problemas em começar antes e terminar depois. Não que a qualidade caia, é questão de estilo mesmo.

    O Neon seria o Polara III, sem dúvidas, então haveria um carro de entrada diferente. O monovolume seria um sucesso entre os taxistas e autarquias públicas, sendo aconselhável uma versão três cilindros para fisgar pelo custo operacional, talvez se chamasse "Tedesco" para lembrar a origem da parceria.

    Lembrando da saúde da GMB e da Ford do Brasil, a Chrysler não teria se afundado na crise se não tivesse fechado as portas aqui. Mas a parceria com a Fiat certamente seria firmada, e o Tedesco NÃO seria devolvido à Mercedes, seria rentável o bastante para a compra da briga.

    P.S: O One é uma excelente idéia, quem sabe a Fiat apresenta e convence a Chrysler, talvez com uma grade mais discreta.

    ReplyDelete
  5. Muito boa analíse...gostaria de ter visto o Classe A da Dodge...e quem sabe o Viper não teria vindo de maneira oficial como o Camaro está vindo agora..rs

    ReplyDelete
  6. Cara, rachei de rir ao ver o Dodge One, ficou muito bom.
    Eu e uns amigos meus ja havíamos feito uns esboços para um Dodge Uno na escola. Mas a nossa idéia era por a grade da Chrysler na parte de baixo do parachoque. Mas não ficou bm igual ao seu.

    Não to lembrado agora se você ja fez uma realidade alternativa da Jeep. Uma idéia para compacto, poderia ser um Jeep Uno Way, com sete quadradinhos na grade em toda a "grade", ao invés de somente três em um único lado, como acontece no Uno.

    ReplyDelete
  7. Eduardo, Excelente!!!! Nota 10!!!!

    ReplyDelete
  8. Parabéns Du. Pelo seu levantamento, pode-se vetr quantas alianças e compras que a Chrysler fez ao longo dos anos, e como isso em quase nada ajudou a empresa. Espero que com a Fiat seja diferente. Eu fiquei impressionado com os modelos Simca dos anos 80. Não sabia que a marca tinha durado até os anos 90. Em especial, esse modelo Horizon, me lembrou muito um protótipo que a Fiat fez para o Uno em 1979. Você sabe dizer se existiu alguma ligação entre eles?
    Um abraço.

    ReplyDelete
  9. Luck, contei a historia dos Simca algumas postagens abaixo, é um produto da Simca mesmo com o aval da Chrysler, mas como na década de 80 a SImca foi vendida para a Peugeuot, o Horizon serviu de base para o Peugeot 309 da década de 80.

    Leia mais aqui:

    http://irmaododecio.blogspot.com/2010/11/realidades-alternativas-simca.html

    ReplyDelete
  10. Du, desculpe abusar da sua paciência, mas eu fiquei pensando aqui em duas possibilidades para a Fiat ter sua primeira picape cabine dupla. Pensei em basear na Journey ou na Durango 2011, assim como a Mitsubishi fez com a Pajeto e a L200. Vc acha que dá pra fazer uma prejeção?

    Abraços

    ReplyDelete
  11. durante algum tempo a dodge comercializou alguns modelos da hyundai no méxico e na venezuela, como o accent (dodge verna), a van h-100 e até o hr... não seria de se duvidar que pudesse ter sido uma boa opção no mercado brasileiro, principalmente para o consumidor que se veria livre do péssimo pós-venda nas mãos do caoa...

    ReplyDelete