24.1.11

Realidades Alternativas - DKW/Audi

Como seriam nossos DKWs em uma realidade alternativa?
O primeiro carro nacional foi uma perua DKW (que ainda não se chamava Vemaguet) mas faltou o sedan com essa frente, e a bela versão duas portas que lembrava a traseira do Studebaker Champion, a versão conversível seria pouco provável, mas é só para constar.

O belíssimo Fissore só chegou a ter duas portas, mas como seria a sua versão com 4 portas? A versão perua chegou a ser projetada e com 5 portas, mas seu projeto não foi adiante. Até um motor 6 cilindros de 2 tempos chegou a ser testado, mas também não chegou a ser produzido. Nessa época ainda não era tradição as picapes derivadas dos automóveis, pelo menos no Brasil, mas seria uma idéia interessante uma picape derivada da Vemaguet,  a projeção no topo da postagem foi uma das minhas primeiras projeções automotivas, fiz em cima de uma foto da Vemaguet do meu irmão. Mas se não me engano na Africa do Sul  uma picape semelhante chegou a ser produzida.

 Se a Vemag quisesse um esportivo para concorrer com o Karmann-ghia e o Interlagos, poderia ser tanto o Monza com seu desenho de carro de competição ou o 1000 SP com seu estilo "mini thunderbird"


 O Munga 8 era uma evolução do Candango, era mais comprido e poderia levar até 8 pessoas, se o valente jipinho não tivesse sido descontinuado teriamos alguns desses rodando por aqui.

 Como o Belcar era concorrente do Fusca, um concorrente para a Kombi viria a calhar,  o Schnellaster, ou F800 (mas merecia um nome mais brasileiro), contava com a confiável mecânica DKW e chegou a ser produzida até na Argentina.


Se a Vemag quisesse se manter atualizada nos meados da década de 60 o Junior seria um interessante substituto para o Belcar, e o F102 seria a escolha para um carro mais luxuoso caso não tivessem lançado o Fissore, o F102 foi o último DKW em produção e o primeiro Audi do pós guerra, rebatizado para F103.




O futuro da Vemag?
Seria dificil imaginar quais carros a Vemag produziria se continuasse independente da VW, haviam rumores de que a Vemag antes de ser comprada pela VW buscou desesperadamente licenças para produzir outros carros, Fiat e Citroën estavam nas negociações, mas acabou não dando certo. Só nos resta supor que se os carros da DKW continuassem em território brasileiro, a marca simplemente seria a Audi.


A era Audi - Se o F102 estivesse em produção se tornaria F103 e o Junior poderia ter durado mais um pouco também sob a marca Audi e em meados dos anos 70 seriam substituídos pelo Audi 50 que era um clone do Polo (caso a VW da realidade alternativa o tivesse produzindo no Brasil) e o modelo 80 que nada mais era que um irmão gêmeo do nosso conhecido Passat diferenciado apenas pela traseira 3 volumes no carro do Audi e fastback no VW. 

Uma pergunta interessante para os anos 80, teriam eles renovado o modelo 80 ou arriscado um modelo maior como o Audi 100 para entrar de vez no segmento de luxo no Brasil? Seria difícil manter os 2 modelos, mas não impossível, fica a dúvida.

Início dos anos 90, ocorreria a renovação dos modelos 80 e/ou 100, não sei quais se manteriam em produção, estou apenas citando eles.


No final dos anos 90 a Audi volta ao segmento dos compactos, com o lançamento do nosso conhecido modelo A3, mas a Audi arriscaria a produção do A2 já que a Mercedes lançou o Classe A? Dificil, pois como o A3 tinha carroceria de alumínio tornaria cara sua produção por aqui, mas não deixa de ser uma alternativa.

Anos 00 e o novo A3 (que nós não tivemos) seria lançado, o A4 de segunda geração entraria no lugar do cansado Audi 80, e/ou o novo A6.

Nesta década de 10, ainda estaríamos esperando por novos lançamentos, mas já dá para arriscar alguns palpites sobre os DKWs do futuro, rs.


A série realidades alternativas é baseada no fato da economia brasileira ser mais favorável e consequentemente um público mais exigente.

5 comments:

Nanael Soubaim said...

Neste cenário, acredito piamente que a DKW teria se associado à PanRad, facilitando e antecipando sua entrada no mercado nacional, tornando-a uma marca de entrada, como a Chevrolet é para a GM. Provavalmente, assim, teria escapado de ser absorvida pela Auto-Union e ainda existiria, ao menos no Brasil.

Ronaldo said...

Excelente, Eduardo! Parabéns!

Samurai said...

Ganhou meus parabéns belo post!

Guilherme da Costa Gomes said...

A Vemag não teve coragem pra fazer isso, nem protótipo! Mas vários proprietários se encarregaram de fazer essa mudança... Acho que cheguei a ver mais de 5 Vemaguetes cortadas...

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze said...

se tivesse sido mantido o foco nos motores 2t até seria interessante, com algumas tecnologias novas como a injeção direta já tem uns motores 2t que poluem até menos que um 4t de desempenho semelhante...