A Willys foi uma das pioneiras no Brasil, com os modelos Jeep, Rural, Aero-Willys e Gordini, mas se essa realidade permitisse que a empresa fosse mais competitiva em nosso mercado, como ficaria esse cenário?
Já que na época a Willys era da Kaiser, a alternativa ao Aero seria o belo Kaiser Manhattan, que também era fabricado pela IKA argentina com o nome de Carabela.
Se a escolha fosse mesmo o Aero Willys, havia uma versão interessante nos EUA, a versão coupé Bermuda do Aero Ace. Montado no chassi do Jeep uma versão de cabine avançada que poderia ser a Kombi da Willys.
Já que na época a Willys era da Kaiser, a alternativa ao Aero seria o belo Kaiser Manhattan, que também era fabricado pela IKA argentina com o nome de Carabela.
Se a escolha fosse mesmo o Aero Willys, havia uma versão interessante nos EUA, a versão coupé Bermuda do Aero Ace. Montado no chassi do Jeep uma versão de cabine avançada que poderia ser a Kombi da Willys.
O Gordini em meados da década de 60 seria substituído pelo Renault 8 ou pelo versátil e simples Renault 4 que já apresentava motor e tração dianteiros.
O Capeta era um esportivo grande com a mecânica do Aero mas teve seu projeto cancelado, poderia ter sido um belo esportivo nacional. Já o Interlagos houve uma tentativa de modernizá-lo com uma nova frente mas o projeto também foi cancelado.
O Aero ou o Kaiser seguiria tranquilamente pela década de 60 já que a Renault não tinha modelos de grande porte na época. A imagem ao lado foi um protótipo do Aero que a Ford fez (frente inspirada nos Lincoln) no início dos anos 70 mas não vingou, preferiram esperar pelo Maverick.
A linha Jeep estava bem com o CJ e Rural, o Saci (foto do início da postagem) era uma versão conversível e mais esportiva da Rural, inspirado no Jeepster americano, a frente do protótipo segue o padrão brasileiro, chegou a ser mostrado no salão do automóvel mas foi outro projeto cancelado pela Willys.
Chegamos ao que interessa, a década de 70, e se a Willys do Brasil não tivesse sido comprada pela Ford? A Willys, subsidiária da americana Kaiser-Jeep, também fabricava carros da Renault sob licença, no final da década de 60 a Willys vinha preparando a chegada do Renault 12, mas com a compra da Willys pela Ford esse projeto passou por algumas modificações e foi lançado como Corcel, as imagens acima dão a idéia de como seria o principal modelo da Willys nos anos 70, sedan e perua.
Como a Kaiser-Jeep foi comprada pela AMC em 1970 a Willys nacional não teria muitas opções para substituir o Aero, a Willys teria que projetar um novo Aero no Brasil ou nacionalizar algum modelo maior da AMC como o Matador ou o Ambassador, porém com esses nomes teriam que ser outros no Brasil, rs. Esses modelos concorreriam com os Dodge.
Caso não fosse necessário um carro tão grande como o Ambassador uma boa opção era o Renault 30, lançado na França em 1975 um Renault um pouco maior e mais luxuoso, mas não esconde a semelhança de um Passat...
Outros modelos pouco prováveis da AMC mas que merecem ser lembrados seriam o médio Hornet e sua versão hatch, o Gremlin. Pessoalmente apostaria mais nos modelos da Renault.
Caso não fosse necessário um carro tão grande como o Ambassador uma boa opção era o Renault 30, lançado na França em 1975 um Renault um pouco maior e mais luxuoso, mas não esconde a semelhança de um Passat...
Outros modelos pouco prováveis da AMC mas que merecem ser lembrados seriam o médio Hornet e sua versão hatch, o Gremlin. Pessoalmente apostaria mais nos modelos da Renault.
Para os utilitários a opção mais barata seria reestilizar a frente da Rural para os anos 70 ou simplesmentes substituí-la pelo Cherokee 2 portas e o Wagonner 4 portas, este último, mais luxuoso, concorreria com a Veraneio da GM. O Jeep CJ acompanharia a evolução do modelo americano com algumas melhorias.
Para substituir o R8 ou o R4, o trunfo seria o simpático Renault 5, lançado em 1972 na França chegaria aqui em 1976, seria um grande concorrente para o 147 da Fiat. Chegou a existir sua versão sedan, o R7.
Se o Interlagos seguisse a cartilha do Alpine teríamos um carro bem exótico no Brasil, será que vingaria? A esquerda vesão para a década de 70 e a direita para os anos 80.
Para os anos 80 acredito que a Renault dominaria a divisão de carros de passeio aumentando sua participação na parceria, e a sócia americana se encarregaria dos Jeeps. O médio Renault 18 substituiria o 12, o Fuego como versão coupé, o 11 viria como um médio do porte do Ford Escort, enquanto o Renault 5 seguiria firme com algumas melhorias até a chegada do Clio nos anos 90.
Para a linha Jeep o renovado Cherokee de 1984 e a picape Comanche talvez seriam os últimos descendentes da Willys no Brasil, pois após a compra da AMC pela Chrysler em 1986 não saberia dizer o que o futuro reservava, mas a fase Chrysler fica para outra realidade alternativa.
Com a venda da AMC para a Chrysler acredito que a Renault ficaria com todas as operações na america do Sul e seguiria em frente com os seus modelos. Para a década de 90, o Clio substituiria o bom e velho R5, o 19 hatch e sedan tomariam o lugar do 11, o modelo 18 seria substituido pelo 21. A minivan Espace também poderia ter dado as caras por aqui.
Em meados da década de 90 o Laguna entraria no lugar do 21 e quem sabe o genial Twingo não poderia ser nacionalizado para combater o Ford Ka?
Para o novo milênio, além da evolução do Clio e a minivan Scenic, talvez até o Logan, o Laguna de segunda geração também poderia ser produzido e o Megane nacional.
O estranho Megane 2 não faria tanto sucesso por aqui sendo rapidamente substituido pela sua terceira geração, a Scenic e a Espace também ganhariam novas gerações.
Como todos sabem essa realidade alternativa seria baseada em um cenário econômico mais favorável, com altos investimentos e um público mais exigente.
Como todos sabem essa realidade alternativa seria baseada em um cenário econômico mais favorável, com altos investimentos e um público mais exigente.
se as fábricas instaladas localmente não tivessem se acomodado tanto depois de '76 a indústria automobilística brasileira não teria ficado tão sucateada, pois acabaria havendo uma competitividade maior que estimularia novos investimentos...
ReplyDeleteCaramba Du, levei um susto ao ver a Rural com grade de Wagoneer! Ficou perfeito...
ReplyDeleteNeste cenário, acredito que o Carabela viria em CDK como topo de linha, e permaneceria com reestilizações até meados dos anos oitenta, o que dispensaria o enorme Ambasador, para competir com o Landau. Se trouxessem um médio-grande, seria o Hornet, para competir com o Opala; o Gremlin nada mais é do que um carro grande com a buzanfa amputada, viraria piada por aqui.
ReplyDeleteO Jeep de cabine avançada até poderia competir com a Kombi, mas esbarraria nos custos de aquisição e manutenção, onde a Kombosa é imbatível. Teria que oferecer mais do que tração integral para não sofrer.
A Chrysler certamente manteria a parceria, para não correr o risco de perder a marca Jeep no Brasil, então as actualizações fazem todo sentido, e a Veraneio teria que rebolar, apresentar melhorias reais a cada ano para se manter no páreo. Só que assim a Renault teria que ficar na parte familiar e de esportivinhos pequenos, deixando os músculos e a cara fechada para os americanos.
O Alpine talvez fosse produzido em parceria com a Puma, como um producto mais refinado, com certeza teria outras reestilizações, as européias descaracterizaram totalmente o modelo.
Perderíamos o Corcel, como o conhecemos, mas ganharíamos o Mustang com toda certeza, ainda que em versões simples de quatro e seis cilindros.
O Fuego viria e daria dores de cabeçote ao Gol GT, ao Monza SR, ao XR3 e outros que o cenário ofertasse.
Já o Twingo... Um feioso a mais ou a menos não faria tanta diferença, apesar de ele seer um feioso engraçadinho, como o Baby da Silva Sauro. Mas acredito que a Renaut não repetiria o erro da Ford e providenciaria uma versão cinco portas, ainda que precisasse fazer ajustes e recalls por algum tempo.
A Scenic talvez mantivesse o nome Space, para dar a impresão de ser um modelo longevo.
Um adendo, a indústria nacional se acomodou bem antes de 76, começou em 1967, quando o nosso Fusca parou de acompanhar a evolução do alemão.
muito muito bom a rural com frete moificada. amo a rural s2 rsrs
ReplyDeleteGrande Eduardo!!!!! Nota 1000!!!!!!
ReplyDeleteValeu a pena esperar pela matéria a
respeito da Willys e da Renault;sem
nenhuma dúvida:que ótimo seria se a
Willys tivesse sido comprada, há 43
anos,pela Renault,ao invés da Ford,
não é mesmo? Abraços!!!!!!
Ao meu ver, o Gremlin seria um concorrente do 147 e do chevette. eu axo o gremlin legalzinho(normal, nao joguem pedra, eu sou assim do contra msm. nao o chamaria de feio, sim de diferente) ainda prefiro o Gremlin ao chevette. uma reestilização dele viria bem. NÉ DU?? kkkk abraço.
ReplyDeleteia esquecendo. sobre o Alpine, seria legal msm ele como Interlagos no Brasil. O dos anos 80 e legal, mas axo que esses piscas na lateral tiram a esportividade dele, fica parecendo aqueles carros populares americanos do final dos anos 80.
ReplyDeleteO problema do mundo dos negocios sempre esta na conta que os empresarios fazem pra saber quanto mais podem ganhar com este ou aquele porjeto. O maverick , ao substituir o queridissimo mas ultrapassado Aero, fez parte de uma escolha que teria levado ao Taunus, ingles, mas o motor Aero nao cabia no cofre do Taunus e o Maverick saiu e foi um fiasco ate certo ponto. Isso nos leva a perguntar, e se o Henry Ford tivesse aprovado os Aero para 1970, com inspiracao nos Lincoln e tudo. Eu acho que teria sido um sucesso. MAs o bom mesmo e' se a Willys nao tivesse sido vendida e brasileira como ela era, ja com gostinho de Brasil nos carros , teria saido do buraco com o projeto M, seu Corcel, e talvez estivesse ai ate hoje mesmo.
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