8.9.10

Alfa Romeo 2400


O Alfa Romeo 2300 foi um dos carros mais luxuosos (e caros) do país entre as décadas de 70 e 80 e está de volta como 2400, e nesta postagem um extra sobre o centenário da marca...
Eu ja tinha feito um Alfa 2300, mas como não fiquei satisfeito com o resultado agora me baseei no Brera, como o nosso Alfa tinha linhas altas, diferentes das do atual padrão da marca, tive que mesclar um pouco das linhas antigas com as atuais, eu achei que ficou pouco americanizado mas alguns detalhes não fazem perder a identidade da marca, seria até uma idéia se a Alfa pretendesse entrar no mercado americano e de quebra lembraria o nosso 2300.
Optei pela sigla 2400 por causa do motor 5 cilindros que a Fiat disponbilizava pouco tempo atrás (pelo menos não sei se ainda o fabrica), pois seria o motor ideal para o carro aqui no Brasil.  Claro que o 3.2 V6 importado da Alfa seria muito bem vindo... rs.

O Alfa Romeo também está na sessão Novos Clássicos da Car and Driver Brasil de Setembro (Ed. 33), agradeço novamente a redação da C&D pela oportunidade.

Relembrando Matérias:


Imagens do Alfa em 1600 x 1200



História do Alfa Romeo 2300


Lançado no Brasil em 1974, como o substituto dos antigos FNM/JK, o Alfa Romeo 2300 era um carro muito luxuoso e tecnologia incorporada, apresentava um quatro cilindros de 2300 cm3, e 140 hp, com duplo comando de válvulas, câmbio de 5 marchas e freios a disco nas quatro rodas.

Em 1977, já com a Fiat no controle da Alfa no Brasil, o 2300 passa por mudanças como novas lanternas e maçanetas externas embutidas, e foi criada uma versão ainda mais luxuosa, a Ti. Em 1980 mais algumas mudanças e a versão Ti4 substituiu a Ti.
Para 1985 novas mudanças na frente, lanternas e parachoques envolventes mas no ano seguinte o Alfa sairia de produção.




Especial: Centenário da Alfa-Romeo

A filial italiana da francesa Darracq foi comprada por um grupo financeiro lombardo em 1909, desde então formou-se a Societá Italiana Automobili Darracq que logo depois em 1910 passaria a se chamar Anônima Lombarda Fabbrica Automobili (A.L.F.A),  nascendo portanto os modelos Alfa 24 hp e 12 HP que foram vendidos até 1915, e também se aventuraram em competições automobilísticas, mas devido a primeira guerra mundial as encomendas militares monopolizaram toda a produção por alguns anos.
Em 1915 nomearam Nicola Romeo para dirigir a empresa e posteriormente  Nicola assumiu o controle da empresa tornando-se a Alfa-Romeo, na década de 20 foi retomada a produção de carros, o RL (6 cilindros) , RM (4 cilindros) e o GPR de corrida foram obras do designer Giuseppe Merosi. O GPR tinha motor de 6 cilindros com duplo comando de válvulas, nas pistas o carro conquistava várias vitórias com os pilotos Antonio Ascari e Enzo Ferrari, enquanto Merosi cuidava da produção em série, Vittorio Jano assumia a direção do departamento de competições, com soluções novas em relação a motores, chassis e freios dianteiros com comando mecânico compensado e já conseguia vitórias com o P2 ganhando o campeonato de 1925.
Em 1926 com uma mudança de política da empresa condenaria o RL, Merosi não gostou e pediu demissão, mas essa mudança de política permitiu a Alfa resistir a crise mundial dos anos 30, eram lançados o 6C e depois o 8C, o 6c 1500 compressor conseguiu a façanha de vencer a lendária corrida Mille Miglia, o 8C possuía um formidável motor de 8 cilindros com cabeçote de alumínio. Em 1932 era apresentado o P3 de competição que era pilotada por Tazio Nuvolari.
Com a saída de Nicola Romeo, a companhia em 1933 passou para o controle do estado  abandonando inclusive as pistas (isso deu a deixa para o nascimento da Scuderia Ferrari), dedicando a fabricação de carros mais convencionais só retornando as competições após a segunda guerra.
Durante a segunda guerra a Alfa se dedicou quase que inteiramente na produção de motores aeronáuticos. As fábricas Alfa Romeo são bombardeadas três vezes.  Após o último bombardeio, a empresa se mudou para um local mais seguro, e a empresa mais uma vez, reorganizada. Para evitar a deportação pelos alemães que controlavam parte da Itália, os trabalhadores mais qualificados e seus equipamentos, incluindo alguns carros de corrida, eram movidos para cavernas. Apesar da guerra, e da constante ameaça de atentado, deportação e do trabalho forçado pelos alemães, a Alfa Romeo ainda sobrevivia. O conflito mundial termina em tempo, dificultando a fusão forçada da Alfa Romeo com uma empresa alemã, pelos nazistas.
Após a guerra coube a Pasquale Gallo a tarefa de desmilitarizar a empresa, para rapidamente fabricar novos produtos e consequentemente novos mercados, as vendas estavam boas, no entanto tinham dificuldade na demanda por problemas no fornecimento de matéria prima.
Na década de 60, os destaques eram o 2600 que serviu de base para o nosso FNM JK fabricado no Brasil dob licença, o Spider, desenhado por pininfarina que seguiu em produção até a década de 90 e o belíssimo Montreal. Em 1968 A Alfa-Romeo comprou a FNM brasileira.
A década de 70 não foi muito boa para a Alfa Romeo, apesar do entusiasmo para com o pequeno Alfasud (que fora cogitado para ser produzido até no Brasil) a empresa novamente não estava bem, e piorou como o fiasco do modelo Arna (joint-venture com a Nissan) em 1983, a empresa acabou sendo vendida para a Fiat em 1986, que novamente reestrutura a empresa, e lança o luxuoso 164.
Para a década de 90 são lançados clássicos como o GTV que serviria de base para o novo Spider e o 156, este que estabeleceu novos padrões para a empresa e ganhou o título de carro europeu de 1988.
Atualmente a Alfa Romeo vai muito bem, aproveitando a boa fase da Fiat, tem vários segmentos desde o Compacto Mi.to até o belíssimo 8C. Recentemente a marca relançou o nome Giulietta em seu novo hatch médio.

Fonte Histórica: Enciclopédia do Automóvel (Abril Cultural); Alfa Legend; Site Oficial Alfa Romeo

13 comments:

Largartixa said...

Edu linda projeção meu pai teve um Alfa Romeo 2300 B 1978 Branco lindo e fiquei apaixonado por alfa até hoje ainda sonho em ter um Alfa sempre posto com destaque quando a marca é Alfa Romeo sua postagem esta 10parabens campeão é campeão

Anonymous said...

Tá aí um sedan que eu compraria! Belo carro, apesar de ser um alfa, a frente lembra um pouco as dos Muscle Cars dos anos 70, me remeteu direto ao Dodge Challenger 70. Continue com esse ótimo trabalho. Uma releitura que eu gostaria de ver seria a da Belina, e uma versão com frente mais clássica da Brasilia seria legal também.

Falow!

Nanael Soubaim said...

O Ti4 tem uma estabilidade fora de série para a época, excelente mesmo para os dias de hoje. A tua releitura conseguiu fazer o desenho evoluir muito e manter a tradição de "mini Rolls Royce" que o estilo sóbrio e intrépido (combinação rara) impôs aos conhecedores. Continue, uma hora a própria clientela puxa o colarinho dos CEOs e exige satisfações.

Unknown said...

Gostei. Ficou bom mesmo: com o charme de Alfa Romeo e um quê de muscle car americano.

Ei, que tal uma análise de estilo do Ssangyong Actyon Sports???

Augusto said...

Parabéns
+ uma vez...
ja tem tempo que não via
as novidades do blog
e sempre são surpresas mto positivas, como esse alfa romeo
parabéns
continue esse trabalho

Augusto said...
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Augusto said...
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veronista@gmail.com said...

Os alfistas agradecem...

Rafael said...

Sensacional! Elegante, moderno e com personalidade marcante, um detalhe caracteristico do estilo dos Alfa Romeo. Seria um carro de destaque internacional. Parabéns!

PAULO RICARDO DE CARVALHO SARACELLI said...

Du, a diretoria da alfa romeo está desesperada atrás de idéias para o mercado americano e mundial, ela precisa vender 5 x mais até 2014 senão será vendida pra volks e na minha opinião esse frente ficou sensacional, conseguiu misturar o melhor e dois mundos.

não gostei da traseira, mas acho que isso dá pra resolver.

os dsigner brasileiros fazem sucesso lá fora, não seria má idéia vc apresentar sua proposta de projeto à fiat já que estão precisando.

El Misionero Meu Cérebro Minhas Regras said...

O motor 3.2 V6 seria bem-vindo. Mas o motor 2.4 Fivetech do Marea ficaria ótimo. O Fivetech 2.0 Turbo também. Ambos poderiam ser repontencializados pela Ferrari (cinco válvulas por cilindro, total de 25 válvulas), e instalados longitudinalmente, com tração traseira, e duas opções de câmbio. Mecânico de seis velocidades, ou semiautomático com sete ou oito velocidades.

Anarquista de gravata said...

Du, aproveitando ensejo de mais um EXCELENTE trabalho, te deixo uma sugestao...uma lenda do mundo automotivo, que hoje tem o design mais sem graca do mundo:

Falo da LAncia Delta HF Integrale, que dominou o mundo dos rallies e hoje parece uma minivan.

Que tal uma revigorada no design, e o motor da Maserarti Grancabrio / F 430??

Abs

Anonymous said...

Parabéns pelo trabalho, vendo a coluna c larga, tive a idéia de que o 2300 poderia reviver na persona do Chrysler 300c, tenta essa idéia, abraço