Dando prosseguimento a série de realidades alternativas, agora é a vez da Ford...
E se a Ford além dos caminhões e picapes, decidisse fabricar veiculos de passeio já no final dos anos 50? A opção americana seria logicamente um carro grande, o Fairlane 56, que poderia ser nacionalizado até 1960.
Acima os modelos ingleses Prefect e Anglia e abaixo o alemão Taunus em duas gerações |
Mas se a escolha da montadora fosse um carro menor o ingles Prefect 53 (partindo do princípio que o incentivo a industria nacional deu início em 1956) seria uma boa pedia e chegaria aqui em 1958, a esta altura estaria um pouco defasado, porém, ou o Anglia 57 chegaria mais tarde mas mais atual apesar do desenho mais exótico, outra opção seria o alemão Taunus 52 para 1957 ou o modelo mais novo de 1957, que poderia ser fabricado em 1961.
Acima o Falcon original e ao lado a reestilização para os anos 70, abaixo o Mustang |
Como o Fairlane era grande demais e os europeus Prefect e Taunus pequenos, a Ford Brasileira poderia nos meados dos anos 60 ter lançado o Falcon a exemplos dos Argentinos. Bom lembrar que um carro que compartilhava plataforma com o Falcon nos EUA era nada menos que o Mustang, seria pretensão da minha parte sugerir a fabricação do Mustang no Brasil, mas lembro que muitas revistas nacionais cogitavam essa idéia.
Outra alternativa para um médio seria o europeu Cortina, acho pouco provável, mas também não deixa de ser um carro interessante, é até mais simpático que a frente tristonha do Falcon, só o nome Cortina seria estranho no Brasil.
Voltando a história original da Ford, lançado o Galaxie, e tendo como carro médio o Aero, o que a Ford faria se não tivesse escolhido o Maverick para ser produzido no Brasil? A Ford na época tinha um sério problema com seus motores, apenas com o V8 do Galaxie e o 6 cilindros do Aero era de concepção antiga, a solução seria reestilizar a frente do Aero, como a deste protótipo ao lado que tinha uma frente inspirada nos Lincoln.
Com o Aero ganhando um fôlego a mais até a chegada de um modelo mais moderno e para a Ford não ficar comendo poeira do Opala e do Dodge, a carta na manga seria disponibilizar a configuração coupé para o Galaxie, um pouco grandalhão, mas um V8 de respeito, rs.
Taunus Sedan, Fastback, SW (MKIII) e o (MKV) |
Toda essa ginástica seria para ganhar tempo de concluir a fábrica do motor intermediário, o 2.3 que cairia como uma luva no Taunus, concorrente do Opel Rekord na Europa que tinha versões sedã, Fastback e Turnier (SW), não era um carro tão excitante quanto o Maverick, mas poderia ter sobrevivido mais do que ele em virtude da crise do petróleo. O Taunus passou a ser produzido na Argentina em 74 e aqui viria em 75, o motor 2.3 poderia vir da argentina até a sua nacionalização. Em 81 ocorreria uma atualização para a versão MKV e agora sabemos de onde veio a inspiração para o Del Rey, rs.
O europeu Sierra ou o americano Tempo? |
Sierra Sedan, XR4 e Station... ou seria Belina? |
Se o Brasil seguisse o ritmo da Argentina teríamos em 1985 o Sierra que também comportava o 2.3, ao contrário do Corcel. Outra opção seria o americano tempo, mas acho que seria um retrocesso visto que o Sierra era o que tinha de mais moderno para a época, mais tarde seria lançada a versão Sedan. Ja pensou um Sierra XR4?
Fiesta original de 76 e remodelado em 1983 |
Como o Taunus era um pouco menor que o Maverick, seu lançamento poderia ter cancelado o projeto do Corcel II, Belina e o Del Rey, eram excelentes carros mas limitados para receberem motorizações maiores. Tendo uma lacuna a preencher a Ford poderia se dedicar ao tão anunciado mini-ford que as revistas automotivas tanto anunciavam no final dos anos 70, ou seja, o Fiesta que foi lançado em 76 na europa poderia estar a venda no Brasil desde 79/80. Estrategicamente seria bom para a Ford, pois teriam um concorrente para o Fiat 147 e o Gol que a VW lançaria. E mais tarde um produto para receber motorização 1.0 no início dos anos 90.
Maverick reestilizado para os anos 80 |
E se a Ford tivesse seguido a receita americana com o Maverick e este sobrevivido aos anos 80? Nesta projeção que fiz há algum tempo mostra como seria uma reestilização, entre o final dos anos 70 e início dos 80 no Brasil a tendência eram os faróis retangulares, como os americanos nesta época se tornaram exagerados acredito que a Ford se inspiraria na frente do Granada. Outra projeção que fiz há tempos foi a do Corcel hatch mais curto, definitivamente seria o fundo do poço...
Taurus, Scorpio e Falcon |
Se o Maverick tivesse continuado, não teríamos Taunus, voltamos com o Corcel/DelRey ou mais tarde o Sierra, mas para concorrer com o Omega no início dos anos 90 e aposentar tanto o Maverick como o Landau (que acabou um pouco antes) a Ford teria que escolher entre o americano Taurus, o alemão Scorpio e o Australiano Falcon.
E se o gosto dos brasileiros fosse mesmo dos grandes? Se o Landau tivesse sobrevivido ele sofreria outra reestilização ou ganharia uma nova geração? A nova barca seria o Crown Victoria 83, seria lançado aqui em 1987, acho que até conservaria o nome Landau.
Primeira Geração do Escort e o americano Pinto |
Mudando novamente a realidade, e se a Ford não tivesse comprado a Willys no Brasil, como sobreviveria?
Todos sabem que o Corcel era derivado de um modelo Renault que a Willys lançaria aqui. E a Ford que produzia apenas o Galaxie e a picape, não tinha motores pequenos disponíveis, fatalmente a matriz da Ford teria que investir no Brasil, mas atrasaria um pouco, a opção 1 seria antecipar o Taunus ou o Maverick, ou até mesmo um carro menor como o Escort. Tinha também a opção do americano Pinto de 1970 para chegar em 1974, como o nome não pegaria bem no Brasil (só pra esclarecer que nos EUA Pinto é uma raça de cavalo, rs) aqui poderia até se chamar Corcel, já que o nome é da Ford, mas o Pinto era um carro problemático, projetado com o tanque de combustível muito atrás, o que ocasionava incêndios em caso de colisões traseiras, portanto, acharia mais viável para o Brasil ou o Taunus ou o pequeno Escort.
Sem a Willys a Ford também não herdaria o Jeep CJ, a Rural, nem a F75, e se eles quisessem um fora-de-estrada teriam que optar pelo Bronco, e para a década de 80 o Bronco II que teria um melhor aproveitamento de plataforma se também fabricassem a Ranger I. O chassi das F100/F1000 poderia ser aproveitado no Furgão Ecovan.
Haverá uma continuação da Ford para os anos 90 e 00, mas antes terminarei o ciclo das décadas anteriores das outras montadoras...
9 comments:
Bem, para os anos cinqüenta eu apostaria no Taunus, os alemães sempre vingaram bem com carros pequenos no Brasil, eles não são a especialidade dos americanos. Também acreditaria no Falcon, mas com uma dianteira remodelada, talvez igual à do Fairline. Mustang? No máximo como CDK. O Aero ficou uma típica bizarrice automotiva, figura fácil na sessão "A arte de assassinar um Willys"; Toda a dianteira, não só a frente, precisaria mudar para abrigar a nova grade. Para os anos oitenta, o Sierra, pois ficaria a lacuna de um carro ágil e espaçoso para competir com o Passat; o Escort era muito pequeno e o Taurus muito grande para o papel. O Corcel Hatch (gostei, mas) mataria a Ford, assim como a frente toda quadrada mataria o Maverick, que teria sobrevivido se o seis cilindros 2,3l tivesse ganho uma reconfiguração. Nunca pensei que a frente do Del Rey casaria bem com o Landau, mas casou. Creio que o Crown Victória com frente redesenhada seria um Galaxie 500 ou TLD, o Landau seguiria outro caminho, para dar exclusividade, competir com um Cadillac nacional. Já os utilitários, não teria outra linha, seria esta mesma, mas certamente com faróis redondos em molduras quadradas. O compacto, hoje, sem dúvida seria o fiesta, mas bem diferente, talvez com frente imitando as dos irmãos maiores.
Por muito pouco que o Pinto não entrou no Brasil...rs
a 1ª geração de vans econoline usava componentes do falcon, e eventualmente pudesse ter mais facilidade de concorrer contra a kombi em função da cabine avançada e pelo piso mais plano na plataforma de carga por não ter o compartimento do motor desnivelando a área de carga... quanto ao tempo americano, não era tão defasado em relação ao sierra, eram projetos bastante diferentes, e eventualmente o tempo acabasse sendo nacionalizado em função da tração dianteira que acabaria reduzindo o custo de fabricação (rendendo mais lucros para a ford)...
Foi uma lástima a Ford não ter substituído o Maverick pelo Sierra (que foi lançado em 1982 na Europa)...
O Sierra chegou a ser produzido na Argentina com o motor 2.3 brasileiro... Aí, ganhamos o Del Rey...
A Volks a muito tempo ficou reinando soberana com a Kombi, de repente se a Ford pusesse a Bronco no nosso mercado,talvez este setor estaria mais disputado e com vans de preço mais acessível ao frotista ou transporte alternativo.
Salve, Eduardo! Parabéns pelo blog! Nota
1000! Gostaria que você fizesse uma realidade alternativa sobre a Willys,caso esta não tivesse sido comprada pela Ford Do Brasil. Seria interessante vermos aqueles clássicos modelos- Aero-Willys, Itamaraty, Gordini,Rural etc.- devidamente
reestilizados para os anos 70 a 2000,com
um visual bem bacana,bem caprichado.Ah,sim:nada de se basear naquelas banheiras americanas de 40 anos
atrás- vide o Itamaraty 1970 baseado no
Lincoln americano - que coisa feia! O
desenho original do Aero e do Itamaraty
era bem mais bonito e charmoso...
Abraços!!!!!!
Tranquilo pessoal, não se preocupem que vou fazer todas as marcas, até mesmo a Autolatina, mas a próxima será a VW.
Como a frente do Pinto lembra o primeiro facelift do corcel 1...
o motor sidevalve inglês de 4 cilindros, com versões entre 0.9 e 1.2 e que foi usado em algumas gerações do anglia e do prefect, teria ganho facilmente alguma sobrevida no mercado brasileiro até os anos 80, por ser bem apto à operação com gasolina de baixa octanagem
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